sábado, 29 de março de 2008

Hoje eu vou blogar.

Hoje eu vou blogar.


Desde que comecei a escrever na internet, há uns 5 anos tenho prosperado como posso e desestressado prá caramba. ( esse `` prá caramba não é meu estilo )


É um bom exercício mental, e se aprende bastante também. Como sempre usei palavras de pesquisa que tenham à ver conosco daqui, só vim a reparar a companhia faz pouco tempo. Sugeri ao Solda ( o Solda é o Vicente Solda ) que usasse a mídia internet e criei o seu blog. Pronto. Os desconfiados de mim aproveitaram para me amaldiçoar em querelas pelos cantos. E eu que adoro provocação, vou na minha. Porque é assim. Quanto mais cochicham de mim, mais eu descarrego o desprezo.


Meu contemporâneo, ao que lembro, é o Dennys. E, sempre li o Dennys.


O que eu faço com o blog do Solda.... -Vicente, me desculpe, mas dessa vez eu é que vou dizer: você vai ter de me engolir, porque em plástica escrita, Solda fica melhor, tá meu amigo ? ....

Pois é, como dizia...o que faço no blog do Solda é a edição das postagens para que a expressão daquilo que ele pensa fique bem clara no seu espaço cibernético. Afora os antipáticos à mim, agora ganhei de presente os antipáticos ao Solda.


No meu blog pessoal procuro não falar de política local. Até porque minha opção seminal de linguagem e assuntos é mais cosmopolita, permeando as artes, as fotos, as tiradas e alguns vídeos e áudios de música. Quando criei meu primeiro blog, que esteve hospedado com o provedor Uol, cheguei a ter 5.000 visitas em pouco mais de 6 meses. Agora, no Google, é diferente. Preciso fazer mais propaganda.


A palavra blog...web ( rede mundial ) + log ( diário ) é voga, mania, e vai durar muito tempo, com certeza. São os diários de abobrinhas, choro de meninotas, afirmações masculinas, muita erudição sobre sexo, mas numa peneirada, encontra-se muita coisa boa e inteligente. A gigante Google hospeda milhões de blogs pelo mundo, por onde se divulga cultura e conhecimento. E muita diversão também.


Eu gostaria de ver mais gente daqui escrevendo na internet. Vaticinei, no entanto, de mim para mim, que não deveria me iludir. E ploft...Acertei na mosca. Exceção ao meu, ao do Dennys e ao do Vicente, não conheço outro blog publicado por aqui. É uma pena. É pena porque tanta gente que conheço e que tem computador poderia estar expondo suas idéias, ampliando seus horizontes, buscando informação, publicando fotos, trabalhos, crônicas, poesias, enfim. Por ser de acesso gratuito, no mínimo cada vereador e cada secretário municipal deveria ter o seu. Até para servir de exemplo. Até para informar. Até para motivar. Até para desestressar.


O que não deve servir de exemplo é o crime do anonimato para atacar pessoas. O anonimato é o melhor esconderijo dos covardes, dos trocistas, dos vulgares. Quebrar o sigilo destes piratas para que assumam o que dizem, deve ser obrigação da polícia. E é. Mas não é bem assim na prática.

O Google é uma empresa americana, e como a legislação do mundo virtual é tênue e frágil, não se consegue muito progresso na obtenção de informações. Os protocolos nessa área são prioritários aos casos de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e prostituição infantil.

Que gozo leve para os fantasminhas. Os pusilânimes ficarão aliviados ao me lerem.

Mas também não é bem assim. Aguarde lá.


À exemplo do que poderia ser um canal de comunicação para os vereadores e secretários municipais, deveria ser também para os professores. Se eu fosse legislador criaria uma lei que obrigasse o uso dessa ferramenta. Já imaginou os professores teclando em suas casas, dando aulas virtuais de reforço e lançando enquetes instantâneas ? Seria uma tele-aula. O Município bem pode subsidiar computadores para os alunos de uma sala de aula, uma turma laboratório, uma amostragem, um piloto. Que subsidie para os alunos e para os professores também. No ano seguinte que se vá atrás da iniciativa privada para financiar o projeto como um todo. Já pensou tirarmos as crianças de frente da Tv das 8 às 10 da noite ? Já pensou, que vitória. Não faltará quem diga que os professores não tem obrigação de trabalhar fora do expediente. Pois é bem para essa gente que falo. Os professores não passam tarefas aos alunos ? O fazem por acaso de madrugada ?

É apenas uma idéia que pode ser melhorada. Tenho certeza, muitos gostarão. Nem todos. Até imagino.


E voltando ao blog, todos os professores que possuem computador deveriam tê-lo. O blog, claro. Manifestação cultural, troca de conhecimentos, expansão de idéias e um excelente bom exemplo. Já incluiria na minha lei um monitoramento dos professores via internet. Com conteúdos, claro – não pelo msn.


Como me considero um pioneiro dos blogs por aqui, não me eximo de dizer que me é uma decepção o pequeno número de páginas na internet. É um drop, apenas. E no meu caso, ainda desconfiam de mim. O que será que pensam, fico a pensar. Sou endemonizado ou eu contrario às pessoas ? Nem todas me detestam, afinal. Já fiz meus testes de fidelidade intelectual e prospecção em sites de relacionamento, como o orkut, e parece, me faço inintendível. Me sinto um marciano. Me sinto fora do ninho. Vai ver que é porque sempre venho com idéias especulativas que nada têm a ver com novelas de tv e essas coisas. A camada desconfiada de mim não são de crianças e de adolescentes nem dos mais idosos. São daqueles da chamada fase ativa de trabalho, ativa de ideais – monetários, geralmente – e em busca de soluções de vida. Em geral, a frivolidade preenche a solução de vida de algumas dessas pessoas.

E dentre os desconfiados mais, alguns alardeiam dia e noite contra minhas propostas. Está aí o que me impede por vezes. Por isso falo sozinho, como um cão latindo para a lua.


Voltando à vaca fria, ou melhor, aos blogs anônimos, apócrifos, à poeira cibernética de Rio Azul, nada como dizer para quem me lê, que agora saiba, que nada se perde – dos tais blogs. O anonimato já os defenestra a si mesmos. Evidente que digo que eles estão no vaso sanitário e eles mesmos com a outra mão puxam a descarga. Chuáááááá..............


Pelo menos de minha parte quero vomitar o meu nojo dessa excrecência que eles escrevem.


Descrevo-os superficialmente, porém, para que se saiba da intenção do esconderijo baixo dessa gente reles. São reles, sim, porque tem medo de aparecer. E quem tem medo não tem propostas. E quem tem medo é porque deve.


Veja os títulos que eles escolhem. Fantasminha legal, Brava Gente, Vocês Vão Ter que me Engolir e Samurai do Reino. Vai ver é assim que eles se acham. Fantasma é do imaginário, brava gente alude ao esbravejo difamatório e odioso, engolir eu não engulo e samurai é um justiceiro de fantoche que eles imaginam. Quando eles se sentem justiçados, os fantasmas e tudo o mais, costumam espoucar fogos. Procure saber bem. Eles estão imergidos num profundo sonho de vários complexos.


Gostei mesmo foi quando viram em mim um contrário. Na verdade, estavam iludidos, achando que eu havia banido a consciência e o passado partidário que me é principio das coisas. Como nunca debati com essa gente, ao menos ao nível que desejo, posso dizer que enganaram-se profusamente ao deleitar meus bons dias dia-a-dia e ao fazer visitas de cotejo ao Prefeito. O cotejo, senhores, é o assanhamento do ser humano às investidas ao semelhante. Quer se busque algo ou não, é por onde as coisas começam. Foi assim que fiz, mais nada. Como já sabem do resultado – semelhante muito ao Município todo – calem-se e cuidem de suas vidas.


Todos estes blogs estão monitorados pela Polícia. Todas as postagens difamatórias e comentários irônicos estão salvos. Fiz três cópias de cada. Uma comigo. A segunda está custodiada nas mãos do bispo. A terceira não conto. Como cabe uma ação civil, não desistirei tão fácilmente. Também não revelo em que departamento, em que delegacia corre a investigação. O que adianto para a felicidade deles é que há dificuldades com o provedor. O que adianto mais é que encontramos uma possibilidade que ainda não se locupletou. Ainda.

Já dei pistas dessa possibilidade. Não falo mais.


Detesto falar dessas publicações anônimas, mas no meio onde vivo e permeio a existência, o assunto é recorrente. Temos poucos nomes, uma lista pequena. É o que facilita bastante, e não é difícil de acertar. Entre os nomes levantados à suspeição, alguns respeitados. Aí surge uma dúvida. Sendo um deles, teria usado intermináveis erros de concordância, pontuação e gramática para fugir da mesma suspeição ? Porque, sem falar da estética de muito mau gosto, os erros são grotescos. Duvido que a polícia ligue para isso, mas eu reparo muito.


A polícia ?....quem falou em polícia ?


Se optarem por apagar os blogs não esqueçam. Uma cópia está comigo, outra com o bispo.


Você já blogou hoje ?




Escrevi esta coluna, esta crônica, no dia 20/03. Hoje, 29 de Março de 2008 numa pesquisa rápida descobri que um dos blogs foi removido, foi apagado. É que dei a senha. O fantasminha morreu, suicidou-se. Coitado.

Vou refrescar sua memória. Todos suas publicações e comentários estão salvos comigo e com a polícia.






Teobaldo Mesquita

www.teobaldomesquita.blogspot.com

teobaldomesquita@uol.com.br

sexta-feira, 21 de março de 2008

Caleidoscópio nervoso.

Caleidoscópio nervoso.

Na semana passada estiquei mil cilindradas recortando estradas. Na sua maioria, boas. Tenho percebido isso em Santa Catarina já faz bom tempo. Fui vender botas texanas nas barbas dos gaúchos. As coisas mudaram muito desde que os rampeiros-brega da pseudo-música sertaneja ganharam mídia. São moços, bem postos, apessoados e bem fotografados. Isso vende. É casca, mas vende. E o que vende é bom. Para o business, claro.

Eu, espreito, sem concordar com muito.


Para o blog do Dennys, tenho vários textos em fase de acabamento. Precisei , no entanto, antecipar o que escrevo agora porque um caleidoscópio de fatos grotescos, informações desencontradas e muita batida de tambor, foram a tônica da minha semana catarina. O celular tocava constantemente e eu também gastei muito para fazer ligações. Quanta bobagem. Agora mesmo, enquanto escrevo, um milhão de fuxicos, idéias e tentações me vêm à mente. Não posso ceder. Mas, a tentação é grande.


Como um vizinho chato que ouve som alto até muito tarde da noite, os aspones do Prefeito acharam uma nova mania: a futrica que busca ameaçar tentando criar fatos novos. De fato, para eles é preciso um novo acontecimento. Isso instiga, excita e dá novo ânimo. Do contrário, a sorte não é deles.

conversei muito com gente da área sobre essa tática para driblar o marasmo, a pasmaceira e a depressão da estima. Eles estão certos, é esse o caminho, eu faria o mesmo. Até apliquei este golpe no meu ego num tempo passado e vi que dá certo. O que eu não faria como eles, é usar o duto da ignorância bestial para fazer subir o crédito.

De volta de minha viagem catarina, em poucas horas de conversa pude ver que o efeito desejado por eles não deu em nada. Nosso grupo, em torno do Solda ( o Solda é o Vicente Solda ) é matiz de um desejo solidário de muitas pessoas com poderoso respaldo popular.


Deixem de futricagem.

Sejam mais originais.


Pôxa, vejam lá, eu até estou ajudando vocês.




Caso de Polícia

Descobri que escrever um blog apócrifo não é crime de falsidade ideológica. E mais, que o provedor Google responde perante tribunais americanos. Por isso eu admiro os Eua.

Viva nosso império do Norte.


Descobri também que se alguém der com as língua nos dentes, abre um bom caminho para uma investigação. E não é que andaram me dizendo alguma coisa não faz tempo...




Concurso

Fiz o concurso da Prefeitura de Rio Azul só para saber uma coisa. Se alguém usaria lápis. E não é que vi gente usando lápis. E mais. Pasmem, vi lápis e borracha. Se eu denunciei ? Capaz.

Senti-me naquela sala de aula como que de volta ao 1º. Ano de primário. Voltei a ver lápis e borracha.

Eu não denunciei porque protocolei dois e-mails junto à empresa que realizou o concurso e que não foram respondidos até hoje. Nos e-mails eu perguntava exatamente isso. Se se poderia ou não usar lápis.


Inadvertidamente preenchi as questões e consegui média 5. Um médico, um fisioterapeuta, um contador, tiveram suas provas baseadas tão somente em questões técnicas. O teste de erudição que me deram foi da malfadada interpretação de texto, a coisa mais subjetiva do mundo. Revi aqueles malditos x, y e não entendi a questão número 30. Juro que pago um jantar para quem me explicar o que quiseram perguntar naquela questão. Era algo falando do poder de polícia de um fiscal, mas a elaboração do enumerado devia ser coisa para marcianos.

É óbvio que não sou ingênuo de acreditar que eles vão publicar na internet a íntegra das provas individuais.

É mais óbvio ainda afirmar que NUNCA eu poderei ver novamente aquela questão.

Numa outra proposição questionada, um erro de grafia – ou, não...- , mudava de sentido a frase. Aparecia a palavra `` direto `` , que poderia ser substituída pela palavra `` direito `` . Para mim há diferença entre as duas.


Eu tinha um dever de fazer a prova. Eu era um espião da curiosidade de mim mesmo. Sucumbi nessa tentação.

Mas, o que mais lamento foi deixar de lado minha cerveja do meio-dia dominical.




Teobaldo Mesquita

http://www.teobaldomesquita.blogspot.com

teobaldomesquita@uol.com.br

Meu dimenidrinato.

Meu dimenidrinato


Tenho vivido uma fase hedonista em minha vida. Quando já se vai dos 40 para os 50 dá nisso. Sei que não é com todo mundo, mas comigo tem sido assim. Já li muitas bulas no banheiro, mas hoje, longe da melancolia – e, nada da melancolia tem a ver com bulas – vivo quanto posso o hedonismo e uma eterna cultura por caixinhas de remédio. Me parece, não lembro bem, que namorei duas estudantes de farmácia, mas casei com uma fisioterapeuta que é contrária aos medicamentos. Vasodilatadores e anti-arrítmicos para a hipertensão, indutores do sono, anti-inflamatórios , pílulas azuis - da moda - , pílulas verdes, pílulas azuis na versão branca, a preço de banana, que não conto pra ninguém nem sob tortura, e muito, muito colírio.


Minha mais recente caixinha de minha farmacinha é o dimenidrinato. Baratíssimo e muito eficaz para enjôos e náuseas, que tem me perseguido. Disponho sempre de uma poupançinha de 50 reais para uma consulta médica. Não lembro quando fui ao médico pela última vez. Preciso lavar os ouvidos – para ouvir bem - , mas tenho medo que esses caras falem em próstata. Se eu acreditasse em lobisomem ao meio-dia, já teria gasto os 50 reais e solicitado uma receita de algum medicamento contra o transtorno do medo. Mas não acredito em lobisomem ao meio-dia, por isso quando ando à noite tenho dez olhos. Meu medo é o mesmo que o seu. É instintivo, defensivo.

Durante o dia, sem medo..., nem de lobisomens nem de fantasmas.


Quero voltar ao dimenidrinato. Que nome chato . Meu enjôo não é patológico, não se dá à altura do estômago ou do esôfago. É um enjôo mental, uma náusea que ataca a garganta e o intestino cerebral. Por nada disso existir, é para imaginar como é deletério para quem anda preocupado com o excesso de dólares que a China detém em seus cofres. Já viram tudo, não é mesmo...? Minha náuseua vem da catilinária de meus novos inimigos-quase declarados. Conto nos dedos de uma só mão os amigos que tenho. São os mesmos de 30 anos atrás e pretendo conserva-los até que se comportem como tal.

Para resumir e não emendar nenhum ajuste de cunho antropológico, repito o que sempre digo em meus escritos: é tudo mentira..., tudo uma grande mentira...


Como aqui mesmo me declarei Soldista, o que é bastante óbvio, sinto que precisamos trabalhar nos excessos de reflexão. Os nossos e os dos outros. Os outros que digo não são os que me perseguem. Dali não sai nada. Os outros são os outros. Que se manifestem. Ao vivo ou por escrito. Estamos para ouvir. Queremos idéias. Me proponho a isso, e depois levo ao Solda ( o Solda é o Vicente Solda... ) .

Refletir não mais. Não gosto dessa palavra. Me cheira a coisa de teólogo. Bem que quereríamos por aqui Dom Mauro Morelli, por quem me apaixonei há pouco tempo. Mas, sem reflexões. Precisamos é de trabalho.

Preciso de um contraponto de que para mim o quadro urbano de Rio Azul se estendeu demais e os braços do Prefeito não alcançam mais. Nem do Prefeito, nem da Prefeitura. Embora sobrem automóveis chapa branca, mas é hora de economizar. Bem, o que não tem cura já está remediado.

Um exemplo: estão construindo um prédio na parte alta da cidade para atender exclusivamente as mulheres gestantes e para prestar exames preventivos da mulher. Coitadinhas das nossas mulheres interioranas barrigudas que terão de subir aquele calçamento irregular, sujeitas a pedirem primeiro socorro por uma torção de tornozelo. Alternativa desmedida. Desmedida porque não é com eles. Não somos uma megalópole, precisamos concentrar os serviços. Procurem no dicionário a palavra concentrar. Uma pista: é um verbo.

Essa descentralização vai gerar mais custos para o Município, quando se poderia prestar o mesmo serviço no Posto de Saúde.

De resto, o resto é resto. Algumas reformas, algumas maquiagens.

A Rua XV foi pauta de minhas reivindicações bem antes do pessoal de agora ascender ao mando. E tem gente maldosa que diz que o Prefeito está asfaltando para uso próprio. Aí já é maldade demais. Primo pelo respeito pessoal ao Prefeito. E ele sabe disso. Não devo nada para ele e ele não deve nada para mim. Devo-lhe sim o mérito de me trazer ao mundo meus filhos e de me aliviar de muitas dores de coluna. Sei que sua inteligência captura bem as críticas, pois sabe ele que todo homem público expõe-se e deve absorver a palavra contrária. De cocheira sei que ele nunca teve a convicção de estar onde está. E muitos clamam por sua volta ao consultório. Mesmo com uma visibilidade um pouco maior no último ano, perdeu-se nas alianças. Confiou nos vereadores, que estes sim, sempre precisam de um cacique político. Foi um arremedo de acordo que não lhe garantiu nada. Tem luz própria como homem, como médico, uma ascendência indiscutível sobre seus pacientes e clientes. Quando se viu de frente com o destemperado Requião ficou ainda mais desamparado. Participou de uma cisão e perdeu muito. Sobrou-lhe por fim como sustentáculo os antigos adversários totalmente desarticulados. E ali estabeleceu-se de uma vez a confusão generalizada. As más línguas chegam a dizer que lhe roubaram até mesmo o gabinete de onde despacha. O povo não só não entendeu como não gostou. E quem gostou foi o Solda ( o Solda é o Vicente Solda ) .


Mas, voltando ao dimenidrinato, do qual me forneço nas farmácias locais, já avisei-os de uma prevenção de estoques. Depois das eleições, seja qual for o resultado, partirei certamente para um laxante que desintoxique meu intestino cerebral. Mas, agora, é encarar o nojo. Estou meio Goliadkin, de uma novela dostoievskiana, vendo meus novos inimigos por toda a parte. Parece que os vejo todos os dias. De manhã, à tarde e variavelmente à noite. Alguns deles dissimulam bem, outros não sustentam o olhar por 5 segundos. Eles estão misturados e tentam enganar, como alguém que nunca viu um jogo de xadrez. São várias peças, tem vários tentáculos. O nosso Prefeito não merece isso. Talvez ele saiba, mas não acredito que apóie. Não é da índole dele, até onde o conheço. O rótulo que os autores do 11 de setembro ganharam da mídia americana à época, é a mesma que agora posso empregar para comigo e essa questão. Luto contra o inimigo oculto. O terrorismo foi chamado de `` o inimigo oculto `` , o mais temido de todos.


Eu não sei jogar xadrez, mas comprei um tabuleiro, e juro, nem sei quantas peças possuem esse tabuleiro. Os dispus todos, os de um jogador e os do adversário, para poder ganhar mais totenzinhos, à medida que o número dos meus supostos inimigos-quase-declarados compõem uma lista não pequena. Veja que brincadeira. Por sorte, contados os supostos inimigos, sobraram 3 totenzinhos, mas eu trouxe de volta ao tabuleiro um deles, de forma que sobraram dois, que tratei de jogá-los num canto. Esse totenzinho que trouxe de volta ao tabuleiro não sou eu, não. É um novo personagem da trama. Transformei um jogo de xadrez numa trama. O novo personagem da trama, agora, é oculto para meus inimigos, não para mim. Mas, claro, não vou falar dele. É meu amigo e eu o oculto.


Com licença..., vou tomar meu dimenidrinato.




Teobaldo Mesquita

www.teobaldomesquita.blogspot.com

teobaldomesquita@uol.com.br

A Guanabada daqui.

Bush bem que poderia invadir o Brasil. Ele não faz isso porque é burro. Não é estratégia militar. É econômica. Se Bush não der um nó nos bananeiros, Chavez se atreverá. E Lula, dissimulará. Ninguém em sã consciência duvida desse quadro.

É assim a política. Ocupação de espaços para a própria preservação. Os brasileiros são burros como Lula e aplaudiriam qualquer golpe de Estado. Mais da metade dos brasileiros, pelo menos, são burros. A Lula nada mais interessa que dinheiro. A ele, seus filhos e seguidores do lulismo, que acabaram com o PT. Graças a Deus. Agora, nesse imaginário, Lula seria um problema menor para Bush.

O regime democrático liberalmente aberto em país pobre em cultura é um desastre. Por isso o Brasil é um desastre. Nada pode ser pior para nós que essa democracia podre e pobre. É démodé falar em nacionalismo, mas nunca como agora nos caberia um Getúlio Vargas, o anjo do povo que era chamado de corrupto pelos paulistas. Como a desgraça da imoralidade se disseminou, dificilmente acharemos um líder. Falar em militarismo, então, pode parecer crime nos dias hoje, como é crime a apologia ao nazismo. Só na borduna é que vai. Primeiro a borduna, depois a sala de aula. E quem discorda, para mim é pato. Quem discorda é um pato ulyssiano, o rei da horda do vale-tudo. Para ver no que deu.
Poderíamos, então, preparar um levante. Não nas ruas. Como diz Diogo Mainardi, a rua é burra. Nos escritórios, em nossas casas, no nosso imposto de renda, e nos infiltrarmos na coluna lulista com apoio dos militares. Formaríamos um pessoal `` de centro `` - que está na moda. Nunca deporíamos Lula. Ele é essencial. Ninguém negocia melhor do que ele. É judeu por certo. Os Silva tem o nome na Torre do Tombo. Lula fala em dinheiro, não é como FHC que se preocupa em falar em inglês, francês e alemão. Lula seria nosso rei e nosso mor seria um General de espadas. Lula ganharia dobrado porque desempenharia também a função de bôbo. Bôbo dele mesmo.
É por isso que votei em Jarbas Passarinho, em Fernando Collor e em FHC. Ah, esqueci do nosso singelo Alckmin. Gosto dele porque é judeu e seguidor da Oppus Dei. Isso que é político.

Tudo que você leu acima e acha um escândalo, deriva de interpretações da etimologia da palavra POLÍTICA. Tudo.
Para quem não ouve falar faz anos da TFP, me declaro um disciplinado da direita. Tá bem...., centro-direita...

FHC também tem culpa. Achatou os militares e achacou `` pobres`` banqueiros. Ele nasce no MDB e seus próceres certamente eram pedessistas. Teve a virtude de criar aquele programa ..., aquele..., não lembro agora ... Aquele que o Lula adotou para achacar o Nordeste...

De outra parte, o que dizer daqui, de nossa aldeia ?

É quase tudo a mesma coisa, guardadas algumas peculiaridades.

Acredito e confio no Solda. Já me chamaram de ingênuo. Os inimigos, claro. Porque aqui, mais que na Guanabara de Getúlio, a política faz inimigos. Sempre fui um Soldista, porque mesmo de direita – um disciplinado de direita - , o único partido ao centro que respeitei foi o PTB. Por Brizola, por Getulio, por Solda. No caso de Getulio, pela necessidade de tê-lo, embora não haja contemporaneidade alguma, senão a da CLT. Nunca estive tão próximo do Solda como agora, embora me correspondesse com ele, em função de outras atividades. Tenho somente uma testemunha: ele próprio.

Não serei redundante. Seria até enfadonho.

O que mais me admira no Solda ( ele gosta de ser chamado de Vicente ) é justamente o que incomoda seus contendores. O Solda é sanguíneo. Porque filho de pai e mãe ítalo-brasileiros, porque saiu do campo para o caminhão coletor de lixo, porque é taura e leva no peito os desafios. Já disse, não cairei na redundância.

É difícil praticar política em Rio Azul. Há a insuspeição com novos amigos, e isso é verossímil para com novos antipatizantes. Rasteja toda espécie de pragas nojentas que se acobertam no anonimato, a casa dos covardes e fracos de espírito. Epa... fraco de espírito também sou. Por isso sou teimoso.

Eu sofria de uma gastrite nervosa, coisa que os padres carismáticos ( alguns, não todos ) chamam de `` peso dos pecados `` e me curei. Com a turma da prebenda me atacando, esses da raia miúda, poderia ter uma recidiva. Tenho suportado bem, porque tudo será esclarecido e levado a bom termo. Não morrerei descansado se não conhecer a face do inimigo, de quem exigirei retratação e reparações.

Quanto ao mor, perdeu-se. Os dias se vão com poucas soluções.

A vida partidária é fraca, a infidelidade me assombra, nunca vi assim de frente tanta ingratidão exposta.

Por fim – e não querendo uma vez mais parecer redundante – é bom lembrar que tudo é cíclico. Também não acho ser o momento para uma terceira via. Seria desgastante. O ciclo do Solda vive apenas um hiato, durará muito tempo.

Estarei ao seu lado, certamente. Temos conversado muito sobre Rio Azul e vislumbrado grandes possibilidades. Temos rido muito também das patacoadas e patetices dos pelegos da côrte.

Quanto a mim, sou um mainardiano e voltariano. Às vezes.

Quando minhas contas estão em dia, vejo em Goethe e Dostoievski, o que chamo de `` vulgaridades da alma `` , a solução para nossa gente.

Eu já disse ao Solda: precisamos de mais poetas e profetas.

Há muito por fazer.



Teobaldo Mesquita.