terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Transe.

Transe

Quedei num tempo

Vasto, longo, passado

Vasto, longe, juvenil

Que morre e nasce

É a de hoje a face

Porque parece, tudo renasce


Um traste, um tratante

De amor mendingante

Deu-se farsante

É o que disseram....

Mentiram...

Não souberam...

Não amaram...


É a de hoje a face

Que teima, renasce

Ganhei a sorte

Fiquei mais forte


Neste vasto campo de batalha, somos heróis de passado, presente e futuro./ No escuro ou no claro, buscando o puro./ Sonhos de amores, promessas.../ Passa o inimigo ao lado, lança em mãos. É ! Deus existe, sim./ Nada em certo quedou, nada decerto pra sempre se acabou./ O arrojo, a luta, a dor que só lamente o doente, me fez valente./ Aqui, em meio a gente, aos áulicos, aos da prebenda, ainda me vem o que passei, como em lenda./ De mulheres lindas, deusas e putas./ De asquerosos doentes da mente, que eu agora lamente. Intendentes de seus alforjes, me fizeram rir fugazmente./


Complicadas contas duplicadas em duplicatas, maços de promissórias mentirosas, pistas largas e estreitas, vi um mundo./ Belo de morros e planícies, de morenas vis e tentadoras, de esquinas oferecidas com também louras casadouras.


Fui e já voltei./ Como rejuvenesci./ Verdade..., quase caí, mas está aí de novo o engodo./ Gritos de dentro de mim lamentam a vida, e jogo pedras para trás, faço feridas, deixando até mesmo putas queridas, que nunca pensam na ida, senão no ouro da jazida.


Digo-me, sede forte barnabé, agora apenas um Zé, um Mané, fazendo banzé, gritando aos poucos e aos loucos, aos velhacos, aos bêbados, aos parasitas e lunáticos erráticos.

Tudo isso é um grão de areia no mar. Quer bom viver, mas tudo..., hum, tudo não caberá no ataúde.



Teobaldo Mesquita

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