sábado, 22 de agosto de 2009

Publico ou privado....

Público ou privado, vai tudo prá privada.


Volta, FHC, volta.... Volta para criar concorrência entre as teles. Volta para privatizar o Banco do Brasil. Vende tudo. Do jeito que está, e que é como já esteve, não dá mais. Volta e vende tudo, FHC...

Fazem quatro meses que eu enviei uma mensagem eletrônica para o Dnit. Questionava alguma coisa à respeito de rodovias federais. Fazem quatro meses que aguardo a resposta. Deve estar na fila. Realmente, o Dnit deve ter muito a responder sobre rodovias federais.

Tentei, apenas tentei...Foi um contato com a Brasil Telecom. Opa, é OI...Nao deu em nada. Quase quebrei o telefone em mil pedaços. Deveria ter feito isso, afinal descarregaria minha raiva e isso só me custaria a indenização do aparelho, que não deve ser um absurdo de valor. Voces já sabem o que aconteceu. Não consegui falar com ninguém. Ou melhor, de fato falei com ninguém, pois quando alguém falou do outro lado eu perguntei se era um ser humano ou uma máquina. Fui mal atendido, e a ligação “caiu” . Eles me venceram. De novo.

Se FHC voltar, se Serra vencer, o que dá na mesma, tudo vai mudar. E nem estou falando de governo, de ideologias, de dogmas. Porque para vender o Banco do Brasil só é preciso ser pragmático. Mais nada. O gigante amarelo que se arrasta só muda com um choque. E um choque de gestão privada. Ainda falarão bem de Collor de Mello. Sentirão saudade delle.

Claro, nessa questão dessas empresas de telecomunicações o que falta é concorrência. Falo das de telefonia fixa. Porque parece que a gente tem um 21 na cabeça, mas nunca vê o 21. Não é mesmo ?
Cadê o 21 ?

Tenho uma namorada que tem um amante que é amigo de um espião de Serra. Ou seria contra-espião ? Não sei....Nunca sei se ela fala a verdade, mas me dá de bandeja algumas perolas. São os rabiscos de Serra, ou melhor, de FHC. Segundo ela, tem tinta de Bornhausen também. Nem tudo é um embuste, não pode ser. Muito do que me diz faz sentido.
Ela me falou que vão privatizar Brasilia. Que tudo lá será um grande presídio. Que já tem até comprador. Que muitos nem sairão de lá. Que um deles será batizado em homenagem a AC..., que o comprador vai ganhar uma grana “federal” , que a clientela é vasta, que quando chegarem os de agora, os lucros triplicarão, e que muitos deles poderão até plantar soja no entorno de Brasilia, e que isso acontecer, o dono dos presídios poderá instituir uma taxa extra de permanencia . Me disse também que o Congresso, da mesma forma, será privatizado. Isso. Que ao invés de pagarmos eles, eles pagariam para trabalhar. Que passariam por uma espécie de concurso publico e de provas. E que Zé do Sarney já fez uma proposta financeira para passar no concurso, mas que não garantiram nada a ele, e que tudo isso seria para ele dobrar a oferta. E que o mensalão foi a maior criação de Lulla. E que estão morrendo de inveja porque eles largaram na frente. E que vão institucionalizar o mensalao para garantir aos parlamentares o pagamento da taxa mensal de congressista, e que triplicarão as verbas publicitárias à Globo. Mas que quem não se enquadrar no mensalao, ainda existirá o mensalinho. E que cada beneficiário do Bolsa Familia receberá um cartão corporativo com o brasão da republica e com uma foto de FHC no verso, independente de quem seja o presimente, digo, presidente. Me disse ela ainda que vão negociar muito com Lulla, que exigirão que ele se filie no DEM, mas que a carteirinha dele será das antigas, das do PFL, com um carimbo “Arena” , e que a filiação será transmitida pela Globo ao vivo, com muita pompa, como o casamento de Lady Di, e que após isso, ele será nomeado embaixador na Inglaterra, mas que o avião desviará a rota e descerá na Nicaragua onde será recebido à principio por rajadas de metralhadoras por invasão do espaço aéreo, e que por isso contrataram um kamikase, mas que tudo acabará bem, porque afinal aquele teria pago uma polpuda taxa ao partido, e etc, etc, etc. E ainda. Que após um período incerto, mesmo com o conhecimento do novo governo, Lulla havia entrado no Brasil pela fronteira seca com o Uruguay e que vivia numa praia catarinense, respaldado por uma ex-senadora. Que havia homenageado Brizola ao entrar no Brasil fardado de policial, e que estaria disposto a dizer na primeira entrevista quando fosse perguntado por uma repórter, de que havia chegado ao Brasil vestido com as calcinhas dela. E que ele e a ex-senadora faziam planos para o futuro do Mercosul. Que sua historia e da de Brizola criariam as verdadeiras condições de prosperar o Mercosul e as relações do Brasil com os países vizinhos. E que eles sonhavam em criar uma espécie de caminho de Compostela, e que depois disso com as dificuldades de voltar pelo voto, eles se refugiariam no mais completo anonimato, e que isso aumentaria o mistério, o que faria crescer muito o turismo nas fronteiras do Brasil, inundado por uma aura mística entre eles, o negrinho do pastoreio, o saci pererê e os negros escravos expulsos da Argentina, e que tudo isso renderia uma grana “federal”...

A verdade, senhores, é que minha namorada mente muito. Mas também é verdade que estou delirando nesse momento com 39 graus de febre e que a dose de psicotrópicos que tomei ontem foi cavalar.

No fundo, ressinto-me de não ter notícias de Rufião, meu idiota preferido.

Mas nessa ( é nessa, sim ) noite gelada em que escrevo, como tem sido todas as outras dos últimos sessenta dias, e sempre com chuva, como parece nunca vi, preciso dizer uma coisa que vai aqui no peito. Me encontrei várias vezes na semana com um homem. Eu o vi em cruzamentos, em esquinas, permeando as ruas. Nos cruzamos várias vezes, o que me chamou a atenção, como nunca em tão pouco tempo eu vi uma pessoa numa mesma semana. Sempre andando apressado, embora com passadas curtas, este cidadão de uns 1,60m me choca. Extremamente tímido e parecendo ter medo, com um ar de quem precisa confessar alguma coisa, vai de olhos ao chão. Me vendo, e assustado, esboça um sorriso achacado ante meu cumprimento. Seu caminhar é disciplinado, de quem vai a um lugar certo, embora não seja grave. Caminha parecendo não querer aparecer, como se estivesse incomodando as pessoas. Mas o que chamou a minha atenção foi seu olhar. O olhar desse homem, de uns 60 anos, é um enigma, como já vi em retratos do cristo pregado na cruz.

Eis com quanto disso e daquilo foi a minha semana passada.


Teobaldo Mesquita
teobaldomesquita@uol.com.br

Nenhum comentário: