sábado, 28 de agosto de 2010

Lula acontece. O fumo é nosso.

Lula acontece. O fumo é nosso !

Quero aqui abordar dessa vez dois assuntos diversos. Começo por uma questão muito explorada pela mídia mais conservadora do país, num momento em que o mundo incandesce em possibilidades político-culturais. Depois de Sarkozy, depois de Obama, depois de a esquerda e dos verdes passearem pela Europa. Com a saída das tropas e armas pesadas do Iraque ( ficaram as tropas de controle ), a coisa parece um tanto serena, não fosse pela eterna caçada a Bin Laden, o que incomoda e muito a população do Afeganistão. Nessa onda neo-positivista, israelenses e palestinos até marcaram data para conversar.

Cheguei onde queria. Santos, novo presidente da Colombia, certamente manterá estreitos laços com os Eua. As Farc, o narcotráfico, etc.. E agora cheguei onde queria chegar mais ainda. Morales, Chavez e Lula/Dilma. Tenho para mim, que a “figuraça” do Luiz Inacio, seus malabarismos, toda sua arte de persuadir, incidir e acontecer, salvam a pele dessa America do Sul esquerdista e com suas manobras pouco visíveis, que é afinal o que mais põe medo. Eu não tenho dúvidas, que se sua candidata Dilma Rousseff eleger-se nova presidente do Brasil, será ele, Lula, uma capa protetora desse “faz-de-conta”, - e aqui lembro o ex-governador Requiao-, dos motes divinos da Carta de Puebla, que para os mais jovens fica assim- “opção pelo mais pobres”. Será nada mais, nada menos, que uma ponte aérea permanente na vida de Luiz, o Inácio. São Paulo-Teerã-Washington-Caracas.

Anotem aí. Ele vai longe.

Nossos números

Nosso PIB, o de Rio Azul, representa algo em torno de 0,1% do PIB Paranaense. Algo em torno de 200 milhoes de reais, talvez um pouco mais. O peso que vem da atividade agropecuária nos faz empatar com Rebouças, ganhar de Mallet, e pasmem, nossos números são a metade dessa produção comparada com o Municipio de Irati, que é no mínimo três vezes maior em produção e riqueza. Porque é mais industrializado, claro, e por isso tem uma taxa de pobreza um pouco menor. A urbanização deles, de Irati, é de quase 80%, sintoma de mais latifúndios ou mesmo de bons índices de educaçao, que leva as famílias para a Urb. E a nossa de pouco mais de 30%, o que pode indicar que temos pobreza no interior, ou esparsa, ou por crescimento de áreas de reflorestamento, ou por zelo de cadastrados em Bolsas, como o Bolsa Familia, ou porque esses números podem burros ? Não sei.... Porque as gentes e sua cultura são quase iguais, senão iguais. A verdade é que tudo isso que falei não era de fato minha intenção, e sim, que não outra, de falar da fumicultura. Da defesa desse sustentáculo de nossa economia, e que faz Rio Azul tão pujante como, ou quanto seus vizinhos.

Todos os meus amigos deixaram de fumar. Menos eu. Problema meu. Impostos para o governo cuidar de meus futuros dias, eu pago. Burrice ? Não. Opçao. Pouco convincente, é verdade, mas eu tenho uma verdade imbatível para defender a fumicultura. As campanhas anti-tabagismo criaram um cerco tão grande ao fumante, que este não pode ignorar os malefícios da droga. Não iria pela linha de que o ópio sempre existiu, e que nunca acabará. Mas a extinção do plantio e o consumo reduzido a níveis insignificantes levará muito tempo, e aí é uma questão econômica, de mercado, com toda a sua frieza. E cultural também. E de fato, nossos agricultores precisarão de décadas, duas ao menos, para substituir o tabaco por outra cultura tão ou mais rentável. Por isso minha imbatível verdade, é que apenas o mercado é quem sinalizará a minoração desse cultivo e sua substituição. Reforço. Ninguém impede por decreto a produção de algo lícito, senão o mercado que o rejeita. Há mercado ? Há produção.

Plante fumo e apague o cigarro !

Teobaldo Mesquita

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